Conheça a vida do fundador do PROTESTANTISMO Martinho Lutero.

13/12/2012 21:37

 

Eis aqui alguns dados históricos da triste vida do fundador e pai do protestantismo, e de seu fim trágico, depois de uma de suas muitas bebedeiras serestais com príncipes amigos.  

Martinho Lutero nasceu em Eisleben, na Saxônia (Alemanha) em 1483, e pôs fim à próprio vida em 1546, cerca de 25 anos após a sua revolta contra a Igreja de Nosso Senhor. O Primeiro dos sete filhos nascidos de Hans Luther e Margaret Ziegler, ele foi batizado no dia seguinte, festa de S. Martinho cujo nome recebeu.

Seis meses mais tarde a família mudou-se para a vizinha cidade de Mansfeld, onde o pai ingressou na mineração. Ali Martinho freqüentou a escola até que, aos quatorze anos de idade, foi para a escola da catedral em Magdeburgo e, um ano depois, para a escola Gregoriana em Eisenach. Em 1501, aos dezoito anos, foi para a vizinha Universidade de Erfurt, para satisfazer o desejo de seu pai, e estudar direito.

Era costume, naquele tempo, preparar o estudo de direito pelo estudo da filosofia, e assim Martinho Lutero freqüentou as aulas de Trutvetter e Arnoldi, expoentes do nominalismo então dominante em Erfurt. Na festa da Epifânia em 1505, recebeu o grau de mestre de artes, figurando em segundo lugar numa classe de dezessete. Em maio do mesmo ano, começou Martinho o estudo de direito. Em junho de 1505 deste ano entrou para o Convento dos Agostinianos, "não por vocação, mas por medo da morte". Ele mesmo falou várias vezes desse "medo da morte" que determinou a sua entrada na religião, como o veremos.

Por que Lutero se tornou Padre?

Lutero assassino.

O Dr. Dietrich Emme, em seu livro: "Martinho Lutero - sua juventude e os seus anos de estudos, entre 1483 e 1505", Bonn, escrito em 1983, afirma que Lutero entrou no Convento só para não ser submetido à justiça criminal, cujo resultado teria sido, provavelmente, a pena de morte, por ter matado em duelo um seu colega de estudos chamado Jerônimo Buntz. Daí o seu "medo da morte" ao qual se referia freqüentemente. Então um amigo o aconselhou a se refugiar no Convento dos Eremitas de Santo  Agostinho, que então gozava do direito civil de asilo.

Os duelos eram proibidos pela Igreja, mas freqüentemente realizados pelos estudantes para resolver seus conflitos. Lutero carregava uma espada, graças a sua condição de mestre, e num episódio nebuloso em 1503 teria ferido a própria perna com sua espada. Tão grave foi o acidente, que Lutero temeu por sua vida, sendo socorrido por um médico.

Dietrich então sugere que esse fato foi resultado não de uma displicência do reformador, mas já de um primeiro duelo. Tanto mais que os registros da Universidade de Erfurt mostram que Lutero trocou nessa época a melhor associação estudantil (Collegium Ampionianum) por outra bem menos importante (Georgenburse), o que se explicaria como sendo um castigo pelo duelo (que as normas das associações proibiam).

Há também confissões interessantes de Lutero, como a que fez a seu secretário Veit Dietrich: “Por uma extraordinária disposição de Deus, entrei para o mosteiro para que não me capturassem. Senão, eu teria sido preso facilmente. Não puderam porque minha ordem me acolheu.” (Emme: 63) Outros textos mostram que Lutero entrou no mosteiro contra sua vontade: 

“Eu não me tornei monge de bom grado e por minha vontade, e ainda menos para comer, mas cheio de terror e medo diante de uma morte súbita, pronunciei um voto forçado e não livre. (coactum et non necessarium votum)” (Emme: 63) [Grisar registra confissão semelhante (Grisar: 38)]

Outro autor protestante (Nikolaus Selmnecker) relata as condições estranhas em que Lutero entrou no mosteiro:  secretamente e de noite (clam et noctu) (...) e durante dois dias companheiros de armas, amigos, estudantes e outras pessoas vigiaram atentamente o convento e o cercaram para tentar fazer com que Lutero saísse, mas a entrada do convento foi fechada tão rigidamente que durante um mês ninguém pode aproximar-se de Lutero. (Emme: 64)

Após ser acolhido pelos monges Agostinianos, Lutero foi instruído a se converter-se, aceitar Jesus, se tornar PADRE. Lutero parecia ter-se convertido. Mas não. Sempre perturbado e contraditório, ele se declara réu confesso em uma prédica em 1529: "Eu fui monge, eu queria seriamente ser piedoso. Ao invés, eu me afundava sempre mais: eu era um grande trapaceiro e homicida" (WAW, 29, 50, 18).

E um discurso transcrito por Veit Dietrich, afirma:  "Eu me tornei monge por um desígnio especial de Deus, a fim de que não me prendessem; o que teria sido muito fácil. Mas não puderam porque a Ordem se ocupava de mim" (isto é, os superiores do Convento o protegiam) (WA Tr 1, 134, 32). Portanto, Lutero foi réu de um homicídio que cometeu quando era estudante em Erfurt.

Os Vícios de Martinho Lutero.

A respeito disso, diz um dos amigos de Lutero chamado Melanchthon: “Lutero era um homem extremamente leviano e as freiras que lhe armavam os laços com grande astúcia acabaram por envesgá-lo. O freqüente comércio com elas teria talvez efeminado um homem mais forte e de mais nobres sentimentos e ateado o incêndio.” (Melanchthon. Brief an Camerarius über Luthers Heirat vom 16 Junii 1525. in: von P.   A. Kirch, Mains, 1900. p. 8, 11). 

Em 1534, Martinho Lutero escrevia à sua Catarina, a respeito de vinho, mulher e cerveja: “Ontem aqui bebi mal e depois fui obrigado a cantar; bebi mal e sinto-o muito. Como quisera haver bebido bem aos pensar que o bom vinho e que boa cerveja tenho em casa, e mais uma bela mulher... Bem farias em mandar-me daí toda a adega bem provida do meu vinho e, o mais freqüentemente que puderes, um barril de tua cerveja.” (De Wette. IV, 553).

Em 1540, novamente à sua consorte: disse Lutero: “Vou comendo como um boêmio e bebendo  como um alemão, louvado seja Deus!”. (Burkardt. Dr. M. Luth. Briefwechsel. Leipzig, 1866, p. 357).  Diz ainda, em 14  de maio de 1541, quando se encontrava em Wartburgo: “Aqui passo todo dia no ócio e na embriaguez.” (De Wette. IV, 553).  Em 15 de janeiro, de 1531, noutra carta: “a dor de cabeça, contraída em Coburgo por causa do vinho velho, ainda não foi debelada pela cerveja de Wittemberga.” (De Wette. IV, 215).  

Lutero dizia coisas terríveis sobre Deus e sobre Jesus Cristo:

Vejam: "Cristo Adúltero. Cristo cometeu adultério pela primeira vez com a mulher da fonte [do poço de Jacó] de que nos fala São João. Não se murmurava em torno dele: "Que fez, então, com ela? "Depois, com Madalena, depois, com a mulher adultera, que ele absolveu tão levianamente. Assim, Cristo, tão piedoso, também teve que fornicar, antes de morrer".(Lutero, Tischredden, Conversas à Mesa, N* 1472, edição de Weimar, Vol. II, p. 107, apud Franz Funck Brentano, Martim Lutero, Ed Vecchi, Rio de Janeiro 1956, p. 15).

Lutero blasfema: "Deus est stultissimus"( Lutero, Conversas à Mesa, ed Weimar, N* 963, Vol. I , p. 487. Apud Franz Funck Brentano op. cit. p. 147).Lutero concluía: "Deus age sempre como um louco" (Franz Funck Brentano, Martim Lutero, p. 111). Cadernos pessoais de Lutero recentemente descobertos estudados pelo Padre Theobald Beer que publicou um livro sobre o tema.

Lutero ficava uma semana inteira sem orar!

E ainda por cima ficava ocioso, pois nem lia, nem estudava!  Entregue ao ócio, mãe de todos os vícios, e sem rezar, sem pedir a ajuda divina, certamente iria cair em tentação. Lutero reclamava das tentações, porém, ao invés de rezar e fazer penitência, abandonava-se cada vez mais ao vício; não rezava nem vigiava. E como os vícios gostam de fazer companhia um ao outro, pois o semelhante atrai semelhante, vemos como Lutero os possuía com largueza:  “À sua Catarina escrevia em 1540: vou comendo como um boêmio e bebendo como um alemão, louvado seja  Deus!” (Franca, IRC: 186).

E Lutero admirava o poder do príncipe das trevas em termos estarrecedores (em 1530):

Disse Lutero: “Eu mal posso esperar o dia (...) no qual veremos o grande poder desse espírito e, como era, sua quase divina majestade.” (sic!) (Grisar: 383) Via demônios em Cobourg em 1530, como a serpente de fogo que depois de transforma em estrela cadente; e ainda:   “Eu vi meu demônio sobrevoando a floresta de Cobourg”;  Em Cobourg também será constatada a mancha de nanquim na parede, como em Wartburg, embora Grisar não confirme a autoria dos disparos de tinteiro por Lutero. (Grisar: 383-384) Brentano, no entanto, nos narra de maneira muito viva esse episódio estranho:  “Vêem-se ainda, em Wartburg, traços duma nódoa de tinta, que Lutero teria feito na parede, lançando um tinteiro na cabeça do demônio; pelo menos a mancha foi renovada, pelos peregrinos que não cessam de arrancar pedaços do muro a título de relíquias (sic).

Traços iguais na muralha, deixados pelos tinteiros que Lutero jogava em Satã, encontram-se no convento de Wittemberg e no castelo de Cobourg. Parecerá que o reformador não pode permanecer em lugar algum sem se empenhar com o Maligno, em batalhas a tinteiradas”. (Brentano: 85) Interessante notar que essas manifestações doentias são bem posteriores à conversão de Lutero, e que, portanto, o reformador já estava livre das lendas e da influência que os biógrafos protestantes atribuem à Igreja Católica.  A partir de 1521, Lutero deveria possuir a paz e a alegria que atribuía à sua doutrina de justificação pela fé, livre da prisão moral imposta pela Igreja!  O que se vê, no entanto, é exatamente o contrário: quanto mais se afastou da Igreja e mais se afundou em seus erros, mais desesperado e doentio foi seu comportamento. (Grisar: 384)

O diabo era companheiro inseparável de Lutero.

Em Wartburg (1521): Disse Martinho Lutero: “Ao tempo de minhas primeiras conferências sobre os Salmos, dirá, (...)  estava sentado redigindo minhas primeiras lições, quando o diabo surgiu e fez barulho, três vezes, atrás de minha estufa, como se tivesse arrastado uma vasilha para fora do inferno. (...) Senti-o, de novo, por cima do quarto no claustro, mas como notasse que era o diabo, não lhe dei mais atenção e adormeci.” (Brentano: 93) Dirá que “Levava o diabo pendurado no pescoço”; e também:  Conheço o diabo a fundo, de pensamento e de aspecto, tendo comido em sua companhia mais de uma pipa de sal” (Brentano: 93)  

E ainda, surpreendentemente:  “O diabo dormiu ao meu lado, em minha cama, mais vezes do que minha mulher.”; (Brentano: 93) Ao que ajunta Brentano:  “Satã mostrava-se ao pai da reforma sob os mais diversos aspectos: ora sob a forma de uma grande porca preta, ora sob a de uma tocha acesa; no castelo de  Cobourg insinua-se na pele duma feia serpente, para aparecer, em seguida, na forma de estrela radiosa. (...)” (Brentano: 93)

Martinho Lutero Conversa com o demônio.

As doentias discussões com o demônio são um lugar comum na vida de Lutero.  Lutero irá encontrar o demônio durante toda vida, e de modo mais intenso ainda depois que abandonou a Igreja Católica e supostamente libertou-se da opressão que denunciara.  Em Wartburg (1521), por exemplo, no ócio que ele mesmo disse estar, demônios começam a povoar sua imaginação e mesmo “tornam-se visíveis e audíveis para ele (...)” (Grisar: 200) Outras manifestações anormais o acompanhavam, como o diabo que lhe aparece em forma de um cachorro (Grisar: 202).

Ainda no mosteiro, dizia Lutero, o demônio “freqüentemente me puxava pelo cabelo (sic), contudo foi sempre forçado a me deixar ir.” (Grisar: 204) Lutero via diabos em toda parte.  Ele aceitou avidamente o relatório de Bugenhagen sobre um demônio que testemunhou a favor do evangelho por meio de uma serva possuída (sic!) (Grisar: 383)

“Mas às vezes o reformador tinha com o Espírito do Mal, longas conversas; dava-lhe ouvidos aos argumentos. Aconteceu deixar-se convencer por eles. Por sua própria confissão, esta e aquela parte de sua doutrina nascem dessas infernais discussões. Nicolau anotou, (...): “Nunca houve ninguém, a não ser Lutero, que se tivesse gabado, numa obra impressa, de ter tido uma longa conferência com o diabo; que se tinha convencido de suas razões, que as missas privadas eram um abuso e que era esse o motivo que o tinha levado a aboli-las”. Bossuet volta ao mesmo ponto, em sua História das variações...  

(liv. IV): “Nesse tempo Lutero publicou esse livro contra a missa privada, onde se encontra a famosa conversa que tivera com o anjo das trevas e onde, forçado  pelas razões deste, aboliu, como ímpia, a missa que celebrara durante tantos anos (...) ” (Brentano: 98-99) Como dissemos, aqui encontramos a justificativa para Lutero mentir tanto e se contradizer continuamente: ele tinha por mestre o próprio pai da mentira...

E se o diabo era mestre e companheiro inseparável de Lutero, convém notar também que o rebelde foi descrito pelo menos três vezes como dotado de um olhar estranho, faiscante, como o de um homem possuído pelo demônio: em Worms, pelo Cardeal Aleander (Grisar: 183), no retorno a Wittemberg, pelo bispo John Dantiscus (Grisar: 217) e pelo núncio Vergerio, que entrevistou Lutero em 1535. (Grisar: 414) É fato que Lutero tinha um encantamento estranho; que cativava as pessoas, em que pese suas incoerências e inúmeros vícios. Diz-se que, entre os luteranos, somente Schwenkfeld não foi dominado pela estranha atração de Lutero.

O que dizia Martinho Lutero sobre os camponeses da sua própria terra?

Trata-se do episódio da guerra dos camponeses de 1525. O próprio Lutero recomendava aos príncipes: “impeça-os da forma que puderem, como se matam cachorros loucos” (Ibid., p. 235).  Erasmo de Roterdã, contemporâneo de Lutero, relatou que mais de cem mil camponeses perderam suas vidas (Ibid., p. 237). Os camponeses mereceram seu destino, Assim como as mulas não se movem até que seu dono lhe puxe as cordas, assim o poder civil deve conduzir as pessoas comuns, açoitá-los, enforcá-los, queimá-los, torturá-los e decapitá-los, para que aprendam a temer o poder estabelecido (El. ed. 15, 276, citado by O’Hare, em ‘The Facts About Luther, TAN Books,1987, p. 235). O camponês é um porco, e quando um porco é abatido, ele está morto, e da mesma forma os camponeses não pensam sobre a vida futura, pois do contrário se comportariam de outra maneira. (‘Schlaginhaufen,’ ‘Aufzeichnungen‘ p. 118, citado ibid., p. 241).

Como Morreu o pai do protestantismo?
Martinho Lutero se suicidou.

Lutero tinha um temperamento extremamente mórbido e neurótico. Depois de sua revolta contra a Igreja, a sua neurose atingiu os limites extremos. Estudos especializados lhe atribuem uma "neurose de angústia gravíssima", do tipo que leva ao suicídio (Roland Dalbies, em "Angústia de Lutero").

O suicídio de Lutero é afirmado tanto por católicos como por protestantes. Eis o depoimento do seu criado, Ambrósio Kudtfeld, que mais tarde se tornou médico:

"Martinho Lutero, na noite que antecedeu a sua morte, se deixou vencer por sua habitual intemperança, e com tal excesso, que fomos obrigados a carregá-lo totalmente embriagado, e colocá-lo em seu leito. Depois nos retiramos ao nosso aposento sem pressentir nada de desagradável. Pela manhã voltamos ao nosso patrão para ajudá-lo a vestir-se, como de costume. Mas, que dor! Vimos o nosso patrão Martinho pendurado de seu leito e estrangulado miseramente.

"Tinha a boca torta e a parte direita do rosto escura; o pescoço roxo e deformado. Diante de tão horrendo espetáculo, fomos tomados de grande terror. Corremos sem demora aos príncipes, seus convidados da véspera, para anunciar-lhes aquele execrável fim de Lutero. Eles ficaram aterrorizados como nós. E logo se empenharam com mil promessas e juramentos, que observássemos, sobre aquele acontecimento, eterno silêncio, e que colocássemos o cadáver de Lutero no seu leito, e anunciássemos ao povo que o 'Mestre Lutero' tinha improvisamente abandonado esta vida".

Este relato do suicídio de Lutero foi publicado em Anversa, no ano de 1606, pelo sensato Sedúlius. Dois médicos comprovaram os sintomas de suicídio relatados pelo seu doméstico Kudtfeld. Foram eles Cester e Lucas Fortnagel.                    As informações desse último foram publicadas pelo escritor J. Maritain, em seu livro: "Os Três Reformadores". Nesse livro o autor oferece ainda uma impressionante lista de amigos e companheiros de Lutero que se suicidaram.

 

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